Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Lula voltou a defender o desenvolvimento da Amazônia e a cobrar apoio de países ricos à proteção da floresta. Ele afirmou que o Brasil não quer transformar a floresta em um “santuário da humanidade”. Sua defesa da Amazônia se deu ao lado do presidente da França, Emmanuel Macron, em Belém, na terça-feira (26).

Lula tem criticado duramente os países ricos por fazerem exigências descabidas ao Brasil nas questões ambientais sem levar em conta os resultados concreto da luta pela preservação das florestas no Brasil. Na verdade, como Lula tem dito frequentemente, o Brasil é um dos poucos países que preservaram suas florestas e é também um país que tem uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo.

“Queremos convencer que o mundo, que já desmatou, que tem que contribuir de forma muito importante para que os países que têm suas florestas mantenham elas em pé”, afirmou o presidente na Ilha do Combu.

“Queremos também compartilhar com o mundo a exploração e a pesquisa da biodiversidade, e que os indígenas possam participar de tudo que é usufruído das terras que eles moram”, frisou Lula, na ocasião. Ele defendeu, por fim, que o líder indígena brasileiro Raoni Mekuktire receba o prêmio Nobel da Paz.

A manifestação de Lula ocorreu durante a cerimônia de entrega por Emmanuel Macron da Ordem Nacional da Legião de Honra, a mais alta honraria do Estado francês, ao líder Raoni Mekuktire, chefe e representante do povo Kayapó.

Macron foi o primeiro a falar na cerimônia. Em discurso, o líder francês elogiou Lula por criar o Ministério dos Povos Indígenas e reforçou parcerias entre os países na área ambiental, como em prol dos povos indígenas e contra o desmatamento. “Me felicita hoje ver que o presidente Lula, no governo federal, protege a Amazônia”, afirmou o líder europeu, que passará três dias no Brasil, até a quinta-feira (28), cumprindo agendas oficiais.

Fonte: Página 8